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“Ponho carro, tiro o carrro….” Quim B.

Janeiro 29, 2013

21 de agosto – 14ª etapa: Pálháza, 0km

Estamos há duas semanas em viagem. Brevemente iniciaremos o regresso a casa.
O programa deste dia é interessante: almoço em Satora…com amigos, uma visita a Sárospatak, regresso a Palhaza e barbecue com novos amigos que gentilmente nos convidaram. Pretendiam assim, em jeito de despedida, prolongar um pouco mais o convívio connosco (e nós com eles). Não quero já despedir-me mas antes de partir já temos saudades deles. Vamos então aproveitar a ocasião. Antes, uma surpresa: bem ao lado da casa dos nossos amigos vive uma artesã singular: a srª Elvira Eperjesi. Esta senhora faz decoração de bolos de gengibre, numa arte finíssima de bom gosto e imaginação. A D. Elvira tem página no Facebook, basta procurar pelo nome ou em (www.facebook.com/elvira.eperjesi). Tem clientes em todo o mundo e nós, para além do que por lá fabricámos, aproveitámos para trazer já a decoração de natal e muitos e variados presentes para os amigos de cá. Vale também a pena ir ao Google e procurar por esta senhora. Uma surpresa!
Amavelmente, a D. Elvira convidou-nos para sua casa, mostrou-nos todo o processo de fabrico e decoração, deixou-nos (fez questão) experimentar. Claro que uns mais outros menos (eu menos) mostrámos os nossos dotes artísticos e decorativos, estragámos uns bolos, gastámos alguns materiais mas divertimo-nos imenso e foram uns momentos muito bem passados. Obrigado D. Elvira.
Acabado o almoço eis-nos de visita a Sárospatak: o castelo sobre o rio Bodrog, uma escola secundária com uma arquitetura singular, um centro cultural e um bairro habitacional. Deixo para o fim a referência a um colégio do séc. XVI, onde lecionou Jan Comenius, um dos mais eminentes sábios desse século. A cidade é um centro cultural importante desde o século XVI e dali saíram figuras importantes da história húngara: Kossuth Lajos, Rakoczy II, etc. As fotos falarão por si. Direi apenas que ficar situado num dos extremos da Hungria não significa estar separado de tudo, pelo contrário, é uma região cheia de história, tradição e uma gastronomia muito rica. Ah! E uns vinhos…
Passámos ainda por um supermercado Tesco, enorme (a piscar o olho aos clientes ucranianos, ali a 500m de distância) para as compras de última hora, sobretudo condimentos, bebidas,e outras coisas que precisávamos nas viaturas.
De regresso a Pálháza, foi tempo de descansar um pouco. O tempo estava quente, convidava a uma cerveja fresca e, enquanto aguardávamos o barbecue preparámos as viaturas para o dia seguinte, dia de partida.
Surpresa! Grande parte da música escolhida pelos nossos anfitriões para animar a festa era…do Quim Barreiros! Foi uma maneira simpática de nos fazer sentir numa festa “portuguesa”. As carnes eram excelentes e com um molho “secreto” do dono da casa. O acompanhamento era batata assada na brasa (previamente embrulhada em papel de estanho) que nós logo transformámos em batata à algarvia (azeite, limão, alho esmagado e orégão), muito elogiada pelos convivas. Saladas, cerveja (muita), palinkas e vinho… bem, foi uma desgraça! Mas que festa!
Deitámo-nos tarde, empurrados para a cama por uma noite já fresca, a puxar para o frio, pois no Leste anoitece mais cedo e o sol de fim de agosto já não tem a mesma força. Depois e como a vila é rodeada de floresta, a noite é fresca e húmida.
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Imagens do dia…

Bolos de gengibre decorados

Bolos de gengibre decorados

Uma escola secundária

Uma escola secundária

Interior da escola secundária

Interior da escola secundária


Colégio Reformista, sec. XVI.

Colégio Reformista, sec. XVI.


O castelo de Sárospatak.

O castelo de Sárospatak.

casas

casas

casas

casas

2 comentários leave one →
  1. Maria Melo permalink
    Janeiro 29, 2013 18:01

    Olá companheiro:
    Muito interessante. Já pesquisei a D. Elvira no facebook e lá estão os ditos bolos.
    Obrigada por partilhar.
    Saudações autocaravanistas,
    Maria Melo

  2. viajantelusitano permalink*
    Janeiro 29, 2013 23:37

    Ainda bem que gostou. Não faz ideia da imaginação da senhora. Raramente se repete.
    Exporta para todo o mundo, sobretudo para as comunidades húngaras, mas não só. Os bolos, se não houver humidade, duram anos,

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