“Ponho carro, tiro o carrro….” Quim B.
21 de agosto – 14ª etapa: Pálháza, 0km
Estamos há duas semanas em viagem. Brevemente iniciaremos o regresso a casa.
O programa deste dia é interessante: almoço em Satora…com amigos, uma visita a Sárospatak, regresso a Palhaza e barbecue com novos amigos que gentilmente nos convidaram. Pretendiam assim, em jeito de despedida, prolongar um pouco mais o convívio connosco (e nós com eles). Não quero já despedir-me mas antes de partir já temos saudades deles. Vamos então aproveitar a ocasião. Antes, uma surpresa: bem ao lado da casa dos nossos amigos vive uma artesã singular: a srª Elvira Eperjesi. Esta senhora faz decoração de bolos de gengibre, numa arte finíssima de bom gosto e imaginação. A D. Elvira tem página no Facebook, basta procurar pelo nome ou em (www.facebook.com/elvira.eperjesi). Tem clientes em todo o mundo e nós, para além do que por lá fabricámos, aproveitámos para trazer já a decoração de natal e muitos e variados presentes para os amigos de cá. Vale também a pena ir ao Google e procurar por esta senhora. Uma surpresa!
Amavelmente, a D. Elvira convidou-nos para sua casa, mostrou-nos todo o processo de fabrico e decoração, deixou-nos (fez questão) experimentar. Claro que uns mais outros menos (eu menos) mostrámos os nossos dotes artísticos e decorativos, estragámos uns bolos, gastámos alguns materiais mas divertimo-nos imenso e foram uns momentos muito bem passados. Obrigado D. Elvira.
Acabado o almoço eis-nos de visita a Sárospatak: o castelo sobre o rio Bodrog, uma escola secundária com uma arquitetura singular, um centro cultural e um bairro habitacional. Deixo para o fim a referência a um colégio do séc. XVI, onde lecionou Jan Comenius, um dos mais eminentes sábios desse século. A cidade é um centro cultural importante desde o século XVI e dali saíram figuras importantes da história húngara: Kossuth Lajos, Rakoczy II, etc. As fotos falarão por si. Direi apenas que ficar situado num dos extremos da Hungria não significa estar separado de tudo, pelo contrário, é uma região cheia de história, tradição e uma gastronomia muito rica. Ah! E uns vinhos…
Passámos ainda por um supermercado Tesco, enorme (a piscar o olho aos clientes ucranianos, ali a 500m de distância) para as compras de última hora, sobretudo condimentos, bebidas,e outras coisas que precisávamos nas viaturas.
De regresso a Pálháza, foi tempo de descansar um pouco. O tempo estava quente, convidava a uma cerveja fresca e, enquanto aguardávamos o barbecue preparámos as viaturas para o dia seguinte, dia de partida.
Surpresa! Grande parte da música escolhida pelos nossos anfitriões para animar a festa era…do Quim Barreiros! Foi uma maneira simpática de nos fazer sentir numa festa “portuguesa”. As carnes eram excelentes e com um molho “secreto” do dono da casa. O acompanhamento era batata assada na brasa (previamente embrulhada em papel de estanho) que nós logo transformámos em batata à algarvia (azeite, limão, alho esmagado e orégão), muito elogiada pelos convivas. Saladas, cerveja (muita), palinkas e vinho… bem, foi uma desgraça! Mas que festa!
Deitámo-nos tarde, empurrados para a cama por uma noite já fresca, a puxar para o frio, pois no Leste anoitece mais cedo e o sol de fim de agosto já não tem a mesma força. Depois e como a vila é rodeada de floresta, a noite é fresca e húmida.
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Imagens do dia…
Olá companheiro:
Muito interessante. Já pesquisei a D. Elvira no facebook e lá estão os ditos bolos.
Obrigada por partilhar.
Saudações autocaravanistas,
Maria Melo
Ainda bem que gostou. Não faz ideia da imaginação da senhora. Raramente se repete.
Exporta para todo o mundo, sobretudo para as comunidades húngaras, mas não só. Os bolos, se não houver humidade, duram anos,